
A ECONOMIA MOVIDA A ÁGUA E VENTO
Os moinhos, movidos pela água ou pelo vento, fazem parte da memória coletiva portuguesa e muitos são os que ainda persistem na paisagem ao longo de todo o país. Alguns bem conservados e convertidos em ‘monumentos’, outros em estado de ruinoso abandono. A moagem tradicional foi, desde a Idade Média, uma importante fonte de rendimento, para uns, e de sustento, para outros. Em Vila Nova de Gaia, de acordo com o estudo de Felicidade R. N. Ferreira, mestre em História Contemporânea, “o crescente desenvolvimento da atividade moageira teve origem na Idade Média e prolongou-se pelos séculos XVIII e XIX”, embora com expressão diferenciadas nas várias freguesias. De acordo com o artigo publicado no Boletim da Associação Cultural ‘Amigos de Gaia’ (n.º 72, 12.º volume), é conhecido o “preponderante papel nas atividades económicas” nas freguesias de Arcozelo, Avintes, Gulpilhares, Crestuma, Lever, Madalena, Olival, Oliveira do Douro, São Félix da Marinha, Sandim e Vilar de Adorinho. Algumas, como Avintes e Crestuma, abasteciam o Porto.