Alegações da Operação Babel já começaram
"Há uma cultura de corrupção por parte de todos os arguidos que lesa os bens jurídicos e demonstra impunidade", avançou o Ministério Público no decorrer das alegações que estão a ser feitas no Tribunal de Gaia, no âmbito da Operação Babel que envolve o ex-vice-presidente da Câmara de Gaia, Patrocínio Azevedo.
A procuradora - relativamente ao projeto Skykine- falou ainda de "um pacto corruptivo" que estará patente "nas diferentes conversas" e em demais provas, o que consubstancia "crimes de corrupção que foram feitos em termos de concordância e em clima de opacidade".
Terá sido no âmbito deste acordo que João Lopes terá recebido os 275 mil euros e não "por serviços jurídicos prestados", adiantou a procuradora, que durante as alegações afirmou ainda que "não existe prova testemunhal, porque é assim que acontece na vida real: há um pacto de silêncio. O dinheiro entregue não fala e dissolve- se no dia a dia".
Foi ainda referido que "o dinheiro é um crime sem vítimas, os únicos que sabem são os agentes da corrupção".
A terminar as alegações da parte da manhã, a procuradora tentou desenhar o caminho do dinheiro e dos lucros auferidos por Paulo Malafaia e Elad Dror.