
VEIO DE PARIS PARA SER OPERADO EM GAIA
Uma septicemia, aos dois anos, deu origem em Enzo a uma grave infeção nos dois ouvidos e na mandíbula, colocando-o em coma e provocando-lhe a morte do osso. Filho de pais portugueses, mas que atualmente vivem em Paris, foi o Centro Hospitalar Gaia/Espinho (CHVNG/E), que através de uma cirurgia, que lhe devolveu a vida normal de uma criança com a sua tenra idade. Cirurgia essa que lhe foi negada em vários centros médicos de Paris que entendiam que só havia essa possibilidade apenas aos 18 anos. Foi ,então, numa vinda de férias a Gaia que a família, inconformada com o problema incapacitante do seu filho, aproveitou para pedir uma segunda opinião. Naquela altura, Enzo não conseguia abrir a boca mais de três milímetros de altura, o que o impedia de ter uma alimentação e respiração adequadas, afetando--lhe o seu crescimento. Atualmente com cinco anos e após a cirurgia, esta criança já consegue comer, respirar e falar, encontrando-se a recuperar em casa junto da família, em Paris.
CHVNGE como exemplo na inovação hospitalar
Esta cirurgia colocou, novamente, o CHVNG/E nas parangonas das notícias médicas, ao realizar mais uma intervenção cirúrgica diferenciadora na área da Microcirurgia Reconstrutiva. Horácio Costa, diretor do Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, salientou a O Gaiense que se tratou de um “fantástico trabalho de equipa” desde os médicos, enfermeiros e anestesista. Realça a forma sensível como o Conselho de Administração, nomeadamente Rui Guimarães e Diana Mota, diretora clínica, encararam a situação, mesmo quando se tratava “de um utente de fora do país e de uma cirurgia dispensiosa”. A finalizar, Horácio Costa deixou uma questão no ar: “Queria perguntar à tutela o que é que falta mais para que o CHVNGE tenha a reclassificação no grupo E?”