UNANIMIDADE NA HORA DE CELEBRAR A REVOLUÇÃO
Os cravos na lapela do casaco ou na mão dos convidados não faltaram à sessão solene de comemoração do 49º aniversário do 25 de Abril, no Auditório Manuel Menezes de Figueiredo, casa da Assembleia Municipal. As obras no edifício da Câmara Municipal de Gaia ditaram a mudança para este local.
No feriado nacional, o Coro do Fórum Cultural de Gulpilhares começou por cantar ‘Acordai’. Regressaram após os discursos das forças políticas com assento na Assembleia Municipal para cantar o hino nacional, em uníssono, com a plateia, também composta por alguns anónimos da sociedade civil.
A um ano do 50º aniversário da revolução, a autonomia do poder local, a sustentabilidade ambiental e fiscal, e o funcionamento da justiça foram os pratos fortes da cerimónia na qual Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da câmara, defendeu que “mais e melhor liberdade significa respeito pelo que é de todos”. Apontou à responsabilidade de Gaia em “ser um farol”, também no processo de se tornar uma cidade inclusiva. Os apelos à defesa do ambiente e descarbonização foram a chave da intervenção de Pedro Ribeiro Castro, do PAN, que afirmou que “Abril ainda está por cumprir”.
A mesma posição face à revolução foi reiterada pelo PCP, na voz de Paula Batista, que considerou que “em Gaia celebrou-se Abril ao restaurar as freguesias”. Já João Matias, pelo Bloco de Esquerda, lembrou o “maior ato de desobediência no país” e vincou que “é património de todos os portugueses democráticos”.
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