
TERRENOS PARA GAIA INNOVATION CITY VÃO CUSTAR OITO MILHÕES
Os vereadores da Câmara de Gaia serão convidados a pronunciar-se na próxima reunião, segunda-feira, sobre o projeto Gaia Innovation City, que irá ser avançado na Madalena por um Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado – Gaia Douro, um fundo sobretudo de capitais brasileiros. Mas o contrato-promessa a celebrar entre a Câmara e o fundo não carece de aprovação em reunião do executivo autárquicos.
O fundo, administrado e gerido pela Caixa Gestão de Ativos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, apresentou uma proposta de aquisição do imóvel, numa área onde está inserido o Parque de Campismo da Madalena, no valor de oito milhões de euros, para ali instalar um campus universitário e tecnológico. Será um centro tecnológico e universitário que resultará de um investimento de 700 milhões de euros e que poderá criar 15 mil empregos diretos, numa área de construção de166 mil metros quadrados.
Pretende-se, aí, juntar o ensino superior com um parque tecnológico tendo em vista a integração em grande escala da investigação da tecnologia, educação e empreendedorismo económico, num enquadramento ambientalmente sustentável.

Patrocínio Azevedo, vice presidente da Câmara, entende que este será um projeto de referência para o município. Um projeto que terá um hotel, 13 por cento de área construtiva para habitação e 20 por cento para equipamentos residenciais para estudantes.
O presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, revelou que a construção do polo não implica a extinção do parque de campismo, mas sim a redução da sua dimensão.
O parque de campismo ocupa 20% da área total do terreno, que é de 20,8 hectares
O terreno onde vai nascer o edifício foi propriedade da câmara, mas deixou de o ser em 2011 após ser vendido a um fundo imobiliário da Caixa Geral de Depósitos, tal como aconteceu com o edifício do quartel dos Sapadores, entre outros, pelos quais em 2020 a Câmara pagou 1,9 milhões de euros de rendas a esse fundo fechado.
Até 2013, o terreno esteve concessionado à Orbitur, responsável pelo parque de campismo, tendo-lhe sido passado anualmente e até agora uma licença precária, dado a concessão ter terminado.