
SUSPEITO DO HOMICÍDIO DE SERZEDO JÁ ESTÁ NO TRIBUNAL DE INSTRUÇÃO CRIMINAL DO PORTO
O homem de 52 anos detido ontem em Serzedo, fortemente indiciado pela prática de homicídio qualificado, já está no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, onde vai ouvido em sede de primeiro interrogatório judicial.
A Polícia Judiciária já confirmou, em comunicado, os dados apurados e noticiados ontem por O Gaiense.
O homicídio terá sido o culminar de uma semana de discussões por motivos de dinheiro e outras questões relacionadas com o uso dos espaços onde ambos moravam, na rua do Agro, em Serzedo.
Ao que tudo indica, a vítima, um homem de 82 anos, terá desligado o quadro da eletricidade de manhã, provocando a ira do genro, que aguardou a sua chegada para o confrontar com a situação e agredi-lo. Na sequência da discussão, o agora detido terá usado, alegadamente, três facas de cozinha para desferir vários golpes no tórax do sogro, para depois, e já com a vítima no chão, em dificuldades, lhe atirar com uma pedra de dimensão considerável à cabeça.
O suspeito barricou-se em casa, mas quando a GNR de Canelas chegou ao local, entregou-se.
Quando os Bombeiros Voluntários da Aguda chegaram ao local, o homem encontrava-se em paragem cardiorespiratória, mas já nada puderam fazer para reverter a situação. O óbito foi declarado no local pela VMER.
O caso foi entregue à Polícia Judiciária do Porto, que recolheu provas no local do crime e deteve o suspeito.
"Os factos ocorreram durante a tarde do dia 15.09.2021, num terreno pertencente à família, situado em Serzedo. Na ocasião, no contexto de um mau relacionamento existente entre o suspeito e o seu sogro, que já durava há vários anos e motivado pelo facto de o sogro, durante a manhã, lhe ter desligado a corrente elétrica propositadamente e, entretanto, se ter ausentado do local, o suspeito acabou por agredir o sogro com pedras e com uma faca, acabando a vítima por falecer no local", lê-se no comunicado da PJ.
O detido, com 52 anos, empregado da construção civil, sem antecedentes criminais, está a ser agora presente a Tribunal para conhecer as medidas de coação.