Primeiro implante de coração artificial no Hospital de Gaia foi um sucesso
Uma doente com insuficiência cardíaca foi a primeira a ser submetida na Unidade Local de Saúde de Gaia e Espinho (ULSGE) a um implante de coração artificial.
A cirurgia realizou-se a 11 de novembro e a mulher encontra-se a recuperar bem, tendo já dado os primeiros passos após a intervenção.
O “coração artificial” é um dispositivo mecânico que ajuda o coração a bombear o sangue para o resto do corpo, de forma a substituir a função do ventrículo esquerdo. Isto permite melhorar a qualidade de vida de doentes com insuficiência cardíaca e pode funcionar como ponte para o transplante cardíaco.
A equipa multidisciplinar dos serviços de cirurgia cardiotorácica e cardiologia da ULSGE e os enfermeiros, intensivistas, perfusionistas e fisiologistas cardíacos conduziu a cirurgia.
Paulo Neves, diretor do serviço de cirurgia cardiotorácica da ULSGE, refere que “a implantação deste dispositivo representa um avanço significativo no tratamento da insuficiência cardíaca avançada” e “permite oferecer uma nova perspetiva de vida a doentes que, até há poucos anos, tinham opções limitadas”.
O presidente do Conselho de Administração da ULSGE, Luís Matos, destaca que “é um passo decisivo no caminho que temos vindo a construir para nos afirmarmos como centro de referenciação nacional em insuficiência cardíaca avançada e, futuramente, como centro de transplantação cardíaca".
Esta cirurgia resultou de um processo técnico e científico desenvolvido ao longo dos últimos meses, em afiliação com o Hospital Universitário de Santiago de Compostela, e com a colaboração científica do Professor Mandeep Mehra, do Brigham and Women’s Hospital (Boston) e da Harvard Medical School.

