MAIS TRÊS CÁLICES DE PORTO PARA TIRAR TEIMAS

O FC Porto afirmou hoje uma luta a dois, com o Sporting, pela conquista do título. A vitória por 3-1 sobre o Benfica coloca os encarnados a 7+7 pontos da liderança e é difícil acreditar que a equipa agora de Nélson Veríssimo possa conseguir 'comer' todo este prejuízo até ao fim do campeonato, embora este ainda esteja distante.

O clássico do Dragão é um jogo fácil de explicar. O FC Porto entrou com aquela raça que o carateriza mas não foi sôfrego. Os dois golos que conseguiu de rajada de Kalashikov (atenção, não estamos a falar de uma próxima contratação de qualquer um destes clubes), por Fábio Vieira e Pêpe, jogadores de segundo mercado mas sempre os primeiros a dar o litro, pareciam ter arrumado a questão antes do intervalo mas o Benfica, por Yaremchuk, reduziu logo no recomeço e o jogo espevitou. Mas André Almeida, cuja experiência já não o dota para estas cenas, foi expulso devido a um segundo cartão amarelo e mais uma vez tudo se complicou.

Nelson Veríssimo não quis arriscar uma derrota expressiva e tirou o ponta-de-lança. O FC Porto foi gerindo o jogo e até deu para Taremi quebrar, aos 68', o Ramadão de golos. O vencedor estava encontrado e quem o contestar ou não viu o jogo ou não o quis ver tal como o jogo foi (o que acontece com alguma frequência).

Sentado no sofá, Rúben Amorim não terá gostado muito do resultado mas inteligente como é certamente que não foi surpreendido por um desfecho tão previsível como o final de uma telenovela brasileira ou mexicana (atenção que a referência ao Brasil não tem qualquer segunda leitura).