
A FLEXIBILIZAÇÃO QUE NÃO É FLEXÍVEL
Tal como o Gaiense já tinha avançado na edição do último sábado, o ano escolar arrancou com duas novidades: a semestralização do ano escolar e a flexibilização das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC).
É precisamente este último ponto que tem levantado mais questões, tendo inclusive, levado aos agrupamentos de Canelas e Valadares à não aceitação desta medida.
Na reunião pública da câmara, o presidente Eduardo Vítor Rodrigues salientou não entender o porquê de tanta retaliação à volta da flexibilização das AEC's, até porque entende que não só são benéficas para os alunos em termos de atividades, como também para os próprios professores desta área que vêem desta forma uma oportunidade de poderem ser colocados nos quadros. Acrescentou ainda que esta medida vem como uma solução para colmatar a falta de professores que existem no atual panorama da educação. "No meu conceito de escola pública, o modelo da flexibilização das AEC's é um modelo integrante e devia de acontecer todos os dias e não apenas uma vez por semana", referiu.
Em jeito de desabafo, Eduardo Vítor Rodrigues salientou que não "me vou incomodar com esta questão e não farei mais do que dar uma explicação sobre este tema. Tenho pena de verificar que se trata apenas de uma tentativa de contaminação por parte dos professores aos pais, apenas por terem que trabalhar mais duas horas em apenas um dia por semana. Uma atitude inaceitável".
Recordou ainda que esta medida foi aprovada por unanimidade pelos pais, à exceção de Canelas e Valadares, e o Conselho Municipal da Educação.