'A ESPIA DE OPPENHEIMER' DE DANIEL PINTO SERÁ APRESENTADO SÁBADO
"A história não contada" do sucesso da criação da bomba atómica por parte dos Estados Unidos da América, a tempo das forças nazis conseguirem primeiro esse avanço tecnológico, é o mote para o segundo livro do gaiense Daniel Pinto, intitulado 'A Espia de Oppenheimer'.
Baseado em factos verídicos, como indica o jovem de 23 anos, o romance histórico será apresentado este sábado (27 de abril), pelas 17h, na Fnac do GaiaShopping. O livro, publicado pelo Grupo Edições Saída de Emergência, chegou a livrarias e supermercados a 18 de abril.
Trata-se do produto de uma nova investigação levada a cabo por Daniel Pinto, na sequência do trabalho desenvolvido no seu mestrado na área de História e Relações Internacionais, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Como é indicado pelo resumo, "em agosto de 1942, os Estados Unidos da América e a Grã-Bretanha iniciaram um programa de pesquisa e desenvolvimento que visava produzir a bomba atómica – o Projeto Manhattan. E, receando que a Alemanha Nazi se antecipasse, foi dada luz-verde à Missão Alsos, cujo único objetivo era travar o desenvolvimento científico dos alemães. Assim, nos últimos meses da guerra, uma equipa constituída por militares, cientistas e oficiais de inteligência localizou e tomou controlo dos locais que os alemães usavam para desenvolver a bomba atómica, apoderou-se de ficheiros secretos e de todo o tipo de equipamento e levou cientistas sob custódia. No dia 23 de abril de 1945, uma unidade da Missão Alsos, chefiada pelo tenente coronel Boris Pash, arrombou uma porta trancada que selava a entrada de uma caverna na encosta de um penhasco, em Haigerloch, no sul da Alemanha. No interior, foi descoberto o local mais avançado do projeto alemão para a bomba atómica e, posteriormente, capturado o físico galardoado com o nobel da física Werner Heisenberg. Como sabemos, esta descoberta permitiu travar os esforços alemães e possibilitou aos Aliados tornarem-se nos primeiros a desenvolver a bomba atómica e, consequentemente, a vencer a guerra. Tudo isto faz parte da história e eu, apenas, coloquei a seguinte pergunta: como foi que a unidade chefiada por Boris Pash deu com uma caverna na encosta de um penhasco, no meio de nenhures? O que se segue é ficção, porém, as seguintes páginas poderão andar perto da verdade".
Esta não é a primeira vez que Daniel Pinto cruza o trabalho académico com a veia romancista, já que em 2022 publicou o livro “O Aliado Improvável”, pela editora Clube do Autor, em que desenvolve o mistério por trás da "campanha de espionagem mais mortífera da Segunda Guerra Mundial, conhecida por Englandspiel".