ANO LETIVO ARRANCA COM GREVE DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO

Pessoal docente e não docente afeto a todos os níveis de ensino entram em greve hoje, dia que marca o arranque do ano letivo 2021/2022 para 1,2 milhões de alunos do ensino obrigatório em todo o País.
A greve prolonga-se precisamente até sexta-feira, período previsto para a receção aos estudantes que, mais uma vez, estarão sujeitos ao cumprimento de uma série de regras para prevenir contágios por COVID19.
Os jovens ficarão circunscritos à 'bolha' da turma, seguindo os corredores específicos de circulação e uso de máscara obrigatório a partir do segundo ciclo.
Uma das novidades neste regresso às aulas presenciais, os estudantes terão o Plano 21/23 Escola +, elaborado pelos professores para recuperação das aprendizagens perdidas durante o confinamento dos últimos dois anos letivos. 
Os bares das escolas também estarão diferentes, depois de ter sido decretada pelo Governo a proibição da venda de alimentos prejudiciais à saúde e a obrigatoriedade de se incluírem alternativas saudáveis na oferta.
A greve dos profissionais de Educação prende-se com a luta contra a precariedade, melhores condições de trabalho e, especificamente, com a transferência de competências para os municípios, que, segundo o Sindicato de Todos os Professores (STOP) "vai traduzir-se na dispensa de trabalhadores, que estavam prestes a entrar para o quadro".
O sindicato, sublinhou ainda, em comunicado, que "todos os Profissionais de Educação (pessoal docente e não docente) têm sido desconsiderados e roubados nos seus direitos, o que se tem traduzido numa maior desvalorização, desmotivação e exaustão destes profissionais essenciais que prejudica também as crianças e jovens".
A precariedade contratual, a avaliação por quotas, a idade da reforma, a falta de subsídios de transporte, alojamento e salários são os temas que continuam na ordem do dia para os sindicatos que defendem os direitos dos professores.